Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
sábado, 14 de agosto de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Science Comedy
Vagando em sites de biologia encontrei um comediante de standy-up muito legal. Brian Malow entretém a classe científica com seu humor inteligente. É atualmente um correspondente freelancer da ciência, escrevendo e aparecendo em ensaios de vídeo da ciência para o site da revista Time. Vale conferir o trabalho dele. Este foi um dos poucos vídeo legendado que encontrei.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
sábado, 2 de janeiro de 2010
Esperança
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
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Welcome 2010!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
Contrários
Quantas vezes na minha vida eu desprezei as pessoas, porque eu considerei o agora. É tão doído né, a gente ser visto somente a partir do presente. Quando as pessoas olham pra gente e só enxergam aquilo que a gente tem no momento.
Isso é fascinante em Jesus, por isso ele era capaz de preferir quem ele preferia. Porque Jesus não era um homem que se prendia no presente. Eu acredito e acho interessante isso: que os amantes nunca esgotam as criaturas amadas, porque o amor sobrevive de futuro, né? Ele consegue enxergar o que agente ainda não viu, a pessoa que ama consegue enxergar o que outro ainda não é, vê o avesso, vê o contrário da situação.
É tão bonito a gente pensar que a beleza do tecido tem um sustento, uma trama está por trás de tudo isso, compreender as pessoas, amá-las, só é possível a partir do momento que a gente entra na trama do avesso, quando a gente não enxerga somente aquilo que os olhos podem revelar, podem conhecer, mas, sobretudo, aquilo que ainda está oculto.
Deus nos ama assim, porque consegue enxergar o que a gente ainda não é, mas que a gente ainda pode ser.
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Padre Fábio de Melo
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